Jorginho: 'Sou cristão, não sou bandido'
Entrevista: Jorginho Ex-assistente técnico da Seleção Brasileira, o auxiliar da seleção na Copa da África defende Dunga, rebate acusações de que usou critérios religiosos no trabalho, diz ser vítima de caça às bruxas e avisa que quer voltar a ser treinador
Por Redação OGalileo
19/07/2010 14:35h
Homem de confiança do técnico Dunga, com quem conquistou o Mundial de 1994, nos EUA, Jorginho também foi alvo de polêmicas durante a Copa da África do Sul e teve sua imagem associada ao fracasso da seleção brasileira. Duas semanas após a eliminação do time nas quartas de final, o ex-auxiliar ainda não conseguiu digerir a derrota para a Holanda por 2 a 1 e o fim precoce de um projeto iniciado em agosto de 2006.
Nesta entrevista ele declarou que vai levar tempo para se recuperar do baque. Firme em suas convicções, Jorginho pediu respeito à sua opção religiosa e fez um desabafo: "Eu sou cristão, não sou bandido. Eu quero que minha fé seja respeitada. Vivemos num País com liberdade religiosa. As pessoas têm de me respeitar."
A sua contrariedade se deve, em parte, à reclamação do observador técnico Jairo dos Santos, duas vezes campeão mundial com o Brasil, ao blog do jornalista Juca Kfouri, de que foi substituído na seleção "por alguém com muita experiência evangélica" e membro da igreja de Jorginho. Ele se referia a Marcelo Cabo, olheiro da equipe no Mundial.
"Ele (Cabo) esteve lá, porque é competente e não porque é cristão. A escolha foi minha, mas a palavra final foi do Dunga. Não tomei nenhuma decisão sem a autorização do Dunga", comentou o ex-lateral-direito da seleção tetracampeã mundial em 94. "Se a gente ganhasse, não haveria nada disso. O Jairo (dos Santos) não apareceria e não haveria tanta contestação." Jorginho também não gostou nada de ser apontado por pessoas ligadas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como o mentor de quase tudo o que ocorreu de errado na concentração da seleção na África do Sul. "Nesse momento, sempre vão buscar um culpado. Eu ser o mentor de qualquer coisa é um desrespeito comigo e com o Dunga, que é um líder nato."
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